Rejean Shero, ou simplesmente Ray Shero nasceu em Saint Paul, Minnesota em 1962, tendo atualmente 50 anos de idade. Atualmente é o GM do Pittsbugh Penguins e uma das figuras mais citadas durante qualquer período de trocas da NHL, principalmente por não medir esforços quando o assunto é reforçar a equipe!
Seu contato com o hóquei se deu desde muito novo, seu pai, Fred Shero foi jogador do New York Rangers e posterior treinador do Flyers e do Rangers. Mesmo tendo pouco contato com a família, Fred incentivou a paixão do filho por hóquei e logo estava o até então menino, Ray Shero, jogando em times amadores...
Enquanto seu pai se sagrava como técnico conquistando duas Stanley Cups pelo Philadelphia Flyers e ganhando diversos prêmios como treinador, Ray começava a despontar para o hóquei como center e em 1980 fazia sua estreia pelo St.Lawrence University Skating Saints (equipe universitária amadora de hóquei no gelo).
Com algumas boas apresentações, Ray Shero ganhou o posto de capitão da equipe e em 1982 chamou a atenção do Los Angeles Kings que acabou por draftar o até então jovem jogador como 216º overall. A posição na qual foi escolhido já revelava que seu futuro estaria nas ligas menores...
E assim, Ray Shero jogou até 1985 em times afiliados do Kings, e enfim decidiu abandonar a carreira de jogador sem ter feito um único jogo na NHL.
Após a desistência no meio profissional, Ray tinha todas as condições para desistir de seguir carreira no hóquei.
Como jogador nunca conseguiria estar em meio aos melhores, e a carreira de técnico não o agradava. Mas por outro lado a paixão pelo esporte continuava viva e a esperança de algum dia ser conhecido mundialmente no esporte ainda eram pretensões.
A solução começou a ser encontrada em 1993, três anos após a morte de seu pai. Ray Shero passou a ser GM assistente do Ottawa Senators e trabalhou na função até 1998 quando foi para o até então estreante na liga, Nashville Predators trabalhar na mesma função.
O período passado em Ottawa e em Nashville fizeram com que Ray Shero despontasse na carreira administrativa, mas ainda o faltava uma "prova de fogo", algum time que realmente fizesse com que seu nome fosse conhecido por todos na NHL.
É nesse contexto que surge o Pittsburgh Penguins, franquia que vivia momentos ruins, mas tinha jovens talentos e buscava se reerguer no cenário norte-americano e mundial.
Após a retirada de Craig Patrick o cargo de GM dos Pens ficou livre, e o contratado para assumir a função foi justamente Ray Shero...
A partir de sua entrada, os resultados começaram a surpreender e agradar a todos os torcedores e também aos donos do Penguins. Algumas boas contratações e uma excelente visão no draft o fizeram se consolidar no posto de general manager.
Seu estilo "ousado" nas contratações combinaram com a ascendência do time e os cofres cheios contribuíram para seu desenvolvimento no setor administrativo.
Sua primeira grande medida a nível internacional foi a troca que trouxe até os Pens os wingers Marian Hossa e Pascal Dupuis, que jogavam no Atlanta Trashers.
Em seguida os reflexos de seu trabalho foram vistos no vice-campeoanto da Stanley Cup em 2008, e no posterior tricampeonato da franquia em 2009 (na ocasião, Ray Shero foi criticado por ter nomeado Dan Bylsma como técnico do Penguins durante o meio da temporada regular).
Já em 2013, chocou os cofres e adquiriu todos os olhares da liga ao contratar Jarome Iginla e Brenden Morrow, ambos capitães de suas ex-franquias e jogadores da seleção canadense.
Atualmente continua trabalhando no Pittsburgh Penguins e é considerado um dos melhores GMs da NHL, sendo também cotado como melhor manager da história do Penguins!
Enquanto seu pai deu duas copas aos laranjas, podemos dizer que Ray foi um dos principais responsáveis por nosso terceiro título e também pela ótima fase que vivemos no momento... Como já diz o ditado, "In Shero we trust" (em Shero nós confiamos/acreditamos)!