Nós, torcedores dos Penguins não podemos e nem somos diferentes dessa realidade esportiva mundial. E até porque, já estamos muito acostumados com todo esse clima de brilhantismo em Pittsburgh desde a temporada de 2006-07 quando Sidney Crosby e Evgeni Malkin fizeram sua primeira temporada juntos.
Também, eles foram "culpados" por isso desde a temporada inaugural. Juntos, eles foram responsáveis por 214 pontos. (125 para Crosby e 89 para Malkin).
**Já incluso os números dos Playoffs.
Mas, claro, não podemos esquecer outros jogadores que os cercaram desde tal data citada acima. Nomes como Marc-Andre Fleury, Jordan Staal, Tyler Kennedy, Brooks Orpik, Kris Letang, entre tantos outros contribuíram muito para que essa rotulagem pairasse sobre os céus de Pittsburgh.
Não querendo ser ingrato, mas tínhamos também um General-Manager que acompanhava a "onda" do time e tinha também o seu enorme peso. Ray Shero gostava das câmeras e sempre tinha um "As" na manga em todo período de trocas e um bom contato com os Free-Agents.
Não se falava em outra coisa a não ser o que, e quem Shero poderia fazer e trazer para o já elenco estrelado dos Penguins.
Jogadores estrelas, treinador badalado, GM ousado e algumas rotulagens sempre deixavam o time muito bem falado e também muito bem cotado para vencer a temporada, mesmo estando em meados de novembro/dezembro. E isso também nos dava uma pequena obrigação de cumprir e atingir as metas estipuladas por meios especialistas do esporte e de claro, também, seu exigente torcedor.
Ai novamente entra a figura de nosso ex-GM quando trouxe Jarome Iginla, Brenden Morrow, Douglas Murray, entre tantos outros.
Trocas trazendo James Neal e Matt Niskanen deu ainda mais ao GM uma credibilidade extra.
Para ser justo, vale ressaltar que Shero estava fazendo o seu trabalho e, de maneira brilhante. Mas indiretamente também colocando o time nas lentes das câmeras e ser figurinha carimbada nos jornais especializados do esporte.
Agora a página foi virada. Shero tomou seu caminho, assim como Dan Bylsma.
Jim Rutherford chegou para ser o novo GM e com ele veio Mike Johnston para ser o novo Head-Coach. Claro que ainda é cedo para julgar o trabalho de Rutherford. Até agora umas trocas aqui, outras acolá.
Seu movimento que mais chamou atenção(até tal data) foi a troca envolvendo James Neal, que foi enviado para o Nashville Predators e em troca recebemos Nick Spaling e Patric Hornqvist. Mas como diz o ditado: "Não há como agradar Gregos e Troianos", já que uns gostaram da troca e outros repudiaram a mesma.
Steve Downie (ex-Flyers), Blake Comeau (ex-Blue Jackets) e o goleiro Thomas Greiss (ex-Coyotes) chegaram sem fazer barulho.
Esse ultimo citado (Greiss), talvez nem seja o reserva imediato de Fleury, já que Jeff Zatkoff teve seu contrato estendido e deverá ter sua segunda oportunidade na liga.
Desta vez, a movimentação que mais chamou a atenção das mídias esportivas não foram chegadas e sim as partidas. Orpik e Niskanen juntaram suas malas e partiram para a capital americana após receberem uma proposta quase que irrecusável dos Capitals.
Orpik receberá perto de 28 milhões de dólares nos próximos 5 anos e Nisk até 2021 embolsará mais de 40 milhões de dólares.
Nosso ex-camisa 44 teve sua história em Pittsburgh e merece nosso respeito por isso. Mas já são 33 anos de idade e algumas temporadas sofrendo com lesões. Na ultima pós-temporada foram apenas 5 jogos disputados.
-Opinião do redator: Não acho que Brooks valeria tanto investimento financeiro por tanto tempo. Deveria ter lhe oferecido pelo menos mais uma temporada. Caso isso tenha sido feito e o mesmo tenha recusado, vou uma boa te-lo liberado.-
Por sua vez, Niskanen de 27 anos poderia ter permanecido em Pitts, mas ele se foi. E para seu lugar, nosso novo GM agiu rápido e trouxe o alemão Christian Ehrhoff.
O "problema" disso é que deixamos de renovar com Nisk por mais 4, 5 temporadas e acertamos com Ehrhoff por uma apenas temporada, por 4 milhões de dólares.
-Outra opinião do retador: Não perdemos e nem ganhamos com essa "troca". A grande questão é: "Porque apenas uma temporada Ehrhoff?". Você pode preferir nosso ex-camisa 2 ou nosso possível novo camisa 10. Tecnicamente não há diferença entre os dois, eles se equivalem, a diferença é que Ehrhoff é 5 anos mais velho-.
Só que mais uma vez não fomos badalados por tal aquisição. Ponto positivo.
Lee Stempniak acaba de juntar as malas e partir para Broadway, onde receberá 900 mil dólares dos Rangers por uma temporada. Pra lá também foi Tanner Glass, que não vinha fazendo muita coisa.
Deryk Engelland jogará em Calgary, enquanto Jussi Jokinen se mudou para Flórida e jogará nos Panthers pelas próximas 4 temporadas.
Joe Vitale também não ficou e partiu para jogar no "novo" Arizona Coyotes.
Fato é, que tudo isso que vem acontecendo ao longo das temporadas, os brilhos das câmeras, os holofotes, os destaques nos noticiários esportivos são nada mais nada menos que frutos do que a franquia plantou no passado. Claro, não podemos por esse "peso" somente nas costas de nossos dirigentes, pois nós, torcedores, seja no Brasil, Estados Unidos e ao redor do planeta terra vive se gabando em sempre ter um time favorito e competitivo.
Agora, a realidade está prestes a se tornar outra. Um novo trabalho, uma nova cara, foi assim que o manda-chuva, Ronald Burkle disse após a demissão de Shero.
Não podemos ser ingratos e culpar esses mesmos diretores por sempre nos dar um time competitivo, longe disso, mas agora é a hora de virar a chave.
Sim... Continuaremos tendo um time competitivo, pois temos dois dos cinco melhores jogadores do mundo, mas que todo esse brilhantismo e ar de favoritos vá para outro lugar. Para Manhattan por exemplo. Lugar onde tudo que acontece ganha uma carga de ibope além do comum.
Penguins, sempre favorito, mas as vezes, para o bem da equipe é bom que esse rótulo nos deixe... Pelo menos por enquanto.