Nesta terça-feira (28), Jaromir Jagr enfrenta mais uma vez o Pittsburgh Penguins em mais um episódio de nosso conflito eterno com o amado e odiado ex-ídolo.
Um dos responsáveis pela conquista de duas Stanley Cups para o Penguins (1991-1992) ainda não anunciou sua aposentadoria e vem fazendo uma bela temporada com o Devils. Hoje com 42 anos, o tcheco chegou a Pittsburgh com 18 anos e tendo que enfrentar vários problemas, um deles, o fato de não dominar a língua inglesa e a pressão por já ser considerado ao lado de Mario Lemieux, uma grande promessa a vencer a primeira Stanley Cup para o Penguins.
Em 1991, os dois levaram o Pens ao topo da NHL e no ano seguinte repetiram o feito, dessa vez com maior destaque para Jagr, considerado um dos principais responsáveis pela conquista. Aos poucos a torcida ia adotando ele como ídolo ao lado de Mario Lemieux que já era considerado quase um rei em Pittsburgh.
Nos anos seguintes o título não veio, no lugar dele algumas eliminações traumáticas, mas nada que abalasse a carreira de Jagr. O tcheco continuava quebrando recordes e ganhando prêmios, cada vez mais caindo nas graças da torcida. O tempo continuou passando e aos poucos o Penguins ia começando a entrar em má fase. Lemieux se aposentou pela primeira vez, o time já não era mais o mesmo e a única esperança era Jagr.
Tal status, quase que de salvador, lhe rendeu o posto de capitão da equipe e um grande salário, algo que posteriormente contribuiu para sua saída. O ano era 2001. Lemieux tinha voltado de sua aposentadoria e naturalmente havia retomado o posto de capitão, algo que para muitos deixou Jagr enfurecido.
Apesar da empolgação com o retorno de Mario Lemieux, chegando às finais da Conferência Leste na temporada anterior, o Penguins ainda estava lutando financeiramente, e se viu forçado a trocar Jaromir Jagr por Kris Beech, Michal Sivek e Ross Lupaschuk do Washington Capitals. Foi algo um pouco inexplicável. Uma troca que até hoje causa irritações aos torcedores dos Penguins.
Deste dia em diante Jagr foi de time em time, passando por Capitals, Rangers, Avangard Omsk (KHL), Flyers, Stars, Bruins e Devils. Nunca mais ganhou a Stanley Cup, apesar de sempre continuar jogando bem.
A maior decepção da torcida com Jagr foi quando ele teve a chance de voltar ao Penguins e assumir o posto de ídolo que seria seu por direito, mas preferiu ir para a Filadélfia defender o Flyers e deixar a torcida ainda mais furiosa com sua conduta. Foi a gota d’água. Jagr jamais será considerado ídolo do Penguins, mesmo com seu passado glorioso com o time.
No Penguins ele fez 591 gols; 841 Assistências; 1432 Pontos e venceu 5 Troféus Art Ross.
Este texto teve a colaboração do Post de P.A. Coimbra “Minha saudação a Jaromir Jagr”
#LetsGoPens
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